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QUALIDADE DE VIDA

Por muito tempo, a teoria de que o sucesso no mundo corporativo era ditado apenas por aspectos cognitivos, foi aceita e difundida. Segundo tal linha de pensamento, o indivíduo propenso ao sucesso deveria ter apenas habilidades técnicas suficientes para desenvolver-se e posteriormente alcançar o sucesso profissional, como num ciclo, as habilidades técnicas por si só levariam o indivíduo a alcançar a aprovação completa. Entretanto, uma nova linha de raciocínio, que conta com trabalhos pioneiros mais aprofundados de Daniel Goleman, soma à “fórmula do sucesso” um ingrediente novo. Os aspectos e elementos sociais são considerados e incluídos no processo gradativo do sucesso, surge então a expressão “inteligência emocional”, requisito básico no ambiente organizacional nos dias de hoje.

A pessoa total é, para Rogers (1997), aquela que está aberta à suas experimentações internas e aos dados da experiência do mundo externo. E qual seria a relação entre a inteligência emocional e a personalidade? Seria ela sinônimo de um determinado tipo de personalidade? Em seus estudos sobre elementos da personalidade, Mayer (1999) considera que as emoções abrangem apenas uma das quatro bases da personalidade, sendo as outras três: motivação, a cognição e a consciência, todas separadas da base emocional.

Analisando o próprio modelo de personalidade, Mayer, Salovey e Caruso (2002, p. 36) compreenderam que a inteligência emocional “emprega mecanismos cognitivos e emocionais para processar aspectos emocionais do Eu, do mundo e do Eu no mundo, assim como para processar qualquer conhecimento puramente especializado da emoção”.

O profissional dotado de inteligência emocional é aquele que tem a capacidade de superar-se, de motivar-se e manter focado nos seus objetivos, mesmo que o ambiente onde ele se encontra seja contrário, um cenário pessimista. Esse suposto funcionário tem pelo menos duas opções: entrar em pânico e desmotivar-se, levando ao seu esgotamento físico e psicológico, ou manter a calma, desenvolver novas habilidades e tornar-se cada vez mais necessário à organização. Aquele que é emocionalmente inteligente com toda certeza não escolherá a primeira opção, uma vez que é conhecedor de suas habilidades e capacidades, sendo por natureza um grande gestor de crises.

O mercado de trabalho requer profissionais versáteis, tolerantes, que sejam capazes de desenvolver-se em cenários tempestivos, gerenciando crises e que sejam capazes de absorver e utilizar sempre que necessário em suas decisões novos conceitos e situações pelas quais já passaram. O novo profissional que surge na era da informação deve ter mais que habilidades técnicas, mas habilidades conceituais e de comunicação, que possam ampliar seus horizontes, num processo de crescimento que não acontece individualmente, mas em conjunto com as organizações onde ele se encontra integrado. O profissional procurado pelas organizações é aquele que tem a sensibilidade necessária para adaptar-se à nova realidade existente, o mundo organizacional se transformou nos últimos anos e mais do que nunca é necessário que o profissional tenha como lema adaptabilidade e motivação.

O papel das organizações nesse cenário também é de fundamental importância, não somente os funcionários devem ser flexíveis, as organizações e os seus administradores também devem ser dotados de inteligência emocional, mantendo o ambiente organizacional propício ao desenvolvimento de habilidades importantes, concedendo espaço ao indivíduo para que ele tenha responsabilidade no processo decisório, mantidas as devidas proporções (é claro), é dever das organizações incentivar o desenvolvimento de equipes multifuncionais, fornecendo oportunidades aos funcionários, para que estes tenham conhecimento acerca da organização onde desempenham seus papéis.

Por fim, é possível constatar que a inteligência emocional é fator de suma importância para as organizações, apesar de não ser o único fator que determina o sucesso ou fracasso do indivíduo. É necessário observar que os tempos atuais são de incerteza, ao mesmo tempo em que a mudança é a única constante. O ambiente organizacional e o comportamento das pessoas nele envolvidas é fascinante, esse é um tema que merece muita atenção e muitos estudos, devido a sua complexidade e importância na vida de todos nós. Devido a toda essa complexidade e mutação faz-se necessário cada dia mais desenvolvermos nossas habilidades enquanto indivíduos flexíveis, capazes da adaptação nesse ambiente incrível.

Bibliografia
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Mayer, J., & Salovey, P. (1997). What is emotional intelligence? New York: Basic Books.
Rogers, C. R. (1997). Tornar-se pessoa. (5a ed., M. Ferreira, A. Lampareli, Trad.).São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1961).
Salovey, P., & Mayer, J. D. (1990). Emotional intelligence. Imagination, Cognition and Personality, 9, 185-221.